É possével que Neurociência e Educação, campos distintos do conhecimento, possam convergir? Descubra neste artigo.
Como nosso cérebro funciona? O que faz nos faz realizar certas ações, guardarmos uma lembrança ou definir gostos e interesses? Você já parou para pensar nessas questões?
É nesses tópicos que a Neurociência transita em seus estudos. Afinal, o conhecimento de nosso sistema nervoso e o que o constitui é a peça-chave para responder esses questionamentos.
A Neurociência, juntamente com a Educação, promove diversas estratégias e estudos que propiciam uma melhor aprendizagem. Assim, quando lemos um texto, o que faz com que a informação obtida seja transformada em conhecimento?
Naturalmente, pensamos que há uma parte exclusiva do cérebro para o funcionamento dessa habilidade. Ou seja, à aprendizagem. Mas não é tão simples assim.
Antes de tudo, é importante entender melhor esse conceito. A Neurociência é uma área do conhecimento que estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades.
Os três elementos que norteiam esse estudo são o cérebro, os nervos periféricos e a medula espinhal. Cada um faz parte do sistema nervoso do corpo humano, sendo responsável por coordenar atividades voluntárias ou involuntárias.
Dessa forma, seu objetivo é revelar estruturas, processos de desenvolvimento e alterações que possam ocorrer ao longo da vida.
Leia também: O que é Neurociência.
Em suma, por meio desse campo, obtém-se a possibilidade de compreensão dos mecanismos das emoções, pensamentos e ações. Além disso, a área detecta aspectos como doenças, aprendizado, esquecimento, sonhos e imaginação, bem como fenômenos da mente que nos definem e constituem. Por isso, tornou-se aliada de estudiosos em Educação, auxiliando na construção de técnicas de aprendizagem mais eficazes e duradouras.
Apesar de cada uma dessas áreas ter seu campo de estudo, juntas podem auxiliar em estudos que buscam entender o processo de funcionamento da mente humana.
O cérebro é o responsável pela forma como as informações são processadas e armazenadas, transformando-as em conhecimento. A Neurociência vem auxiliando cada vez mais os educadores nesse processo, entendendo como o cérebro se comporta quando entra em contato com novidades.
Esse é um processo comum no ambiente escolar, mas que não tinha muitas informações que pudessem ajudar a explicá-lo. Com a Neurociência, educadores passaram a identificar como o cérebro processa estes novos dados e de que forma os transforma em aprendizado. Assim, a partir de processos biológicos por trás dessa ação, define-se como a neurociência caminha junto da educação.
Atualmente, processos de ensino podem ser mais eficientes e eficazes se aproveitarem insights valiosos da Neurociência.
Nos cursos da área de Educação, diz-se que o aprendizado é guiado pela forma na qual o conteúdo é transmitido. Ou seja, as estratégias e abordagens que os professores escolhem contribuem para absorção de conhecimento pelo aluno.
Assim, a Educação está em constante diálogo com áreas da Psicologia e da Biologia, como a Neurociência, visto que o entendimento dos processos mentais ajuda na obtenção de conhecimento. Isto é, leva à construção de uma melhor abordagem de ensino.
Segundo a Neurociência, o aprendizado se dá por meio de atividades de repetição de conteúdos para assimilar o que está sendo ensinado. A abordagem defende que, quanto mais entramos em contato com uma informação, mais suscetível nosso cérebro estará em contê-la.
Além disso, pesquisadores defendem que a memória é como um músculo: sempre devemos estimulá-lo para que ele não atrofie. Ler e montar quebra-cabeças são formas de exercício mental, por exemplo.
Porém, de nada adianta se o conhecimento passado não for compreensível ao aluno e não dialogar com seu contexto. Portanto, deve-se adaptar os conteúdos às realidades dos estudantes.
Outra forma de aprendizado se dá por meio de sistema de recompensa. Quando um aluno faz algo certo, como responder corretamente uma questão, dá-se uma recompensa, estimulando seu cérebro.
No entanto, deve-se tomar nota que as abordagens apontadas aqui fazem parte de diversas linhas de pesquisa providas pelos estudos das atividades mentais. Entre elas, Behaviorismo, Gerativismo e Socioculturalismo.
Entender a relação entre Neurociência e Educação é fundamental para tornar os processos de aprendizagem, de crianças, jovens e adultos, mais produtivos. Afinal, se o mundo muda constantemente, os métodos de ensino precisam acompanhar essas transformações.
Além disso, entender como as áreas se interligam é começar a refletir como o conhecimento de um interdepende do conhecimento do outro.
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