A neurociência estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades, além de analisar o comportamento e as emoções humanas.
Os três elementos que norteiam esse estudo são o cérebro, os nervos periféricos e a medula espinhal. Eles fazem parte do sistema nervoso do corpo humano, sendo responsáveis por coordenar as atividades voluntárias ou involuntárias.
A Neurociência não explica somente as reações do corpo, mas os fenômenos da mente. É um campo científico que busca revelar estruturas, processos de desenvolvimento e alterações que possam ocorrer ao longo da vida.
Entre as pautas de maior envolvimento dos neurocientistas, está a melhor compreensão das bases biológicas, psicológicas e pedagógicas do aprendizado escolar para qualificar os processos educacionais.
Por exemplo, uma grande descoberta da área foi a relação da desnutrição com a redução da capacidade de aprender. Isso porque o cérebro consome altos níveis de glicose, e, na sua ausência, há enfraquecimento da memória, um fator importante nos processos de aprendizagem.
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A neurociência é um campo científico com abordagem multidisciplinar, relacionando-se com outras áreas, como Antropologia, Educação, Linguística, Medicina e Ciência da computação.
Para qualificar e tornar os estudos em Neurociência mais específicos e delimitados, essa ciência se organiza em cinco campos específicos. Conheça cada um deles a seguir.
A neurofisiologia diz respeito ao estudo da neurociência que investiga as funções do sistema nervoso e periférico. Além disso, é possível identificar desordens que tenham origem no mau funcionamento do sistema como um todo, como epilepsia e esclerose múltipla.
Assim, os estudos acerca do sistema nervoso mapeiam as atividades do cérebro e da medula espinhal. Já os do sistema periférico investigam as funções dos nervos, sensibilidade e comando dos músculos do corpo.
Uma das partes mais complexas, a neuroanatomia se dedica a compreender toda estrutura do cérebro, medula espinhal, nervos e terminações nervosas. Ou seja, é o estudo do relacionamento entre a estrutura e a função no sistema nervoso.
É um campo da neurociência obrigatório e fundamental à prática médica, principalmente, na área de neurocirurgia. Também é essencial ser estudada por farmacêuticos, fisioterapeutas, radiologistas e enfermeiros.
Quando em conjunto com a neurofisiologia, a neuroanatomia avalia os impactos de lesões e experimentos, a fim de contribuir para novas descobertas do sistema nervoso.
A neuropsicologia investiga a relação entre o estudo aprofundado do sistema nervoso e a análise do comportamento humano e dos processos psicológicos.
Seu objetivo é compreender como o cérebro é capaz de influenciar cognitivamente em funções essenciais, como raciocínio, memória, atenção, emoções e capacidade de julgamento.
Portanto, esse campo de estudos contribui diretamente no diagnóstico, acompanhamento e tratamento de distúrbios e alterações comportamentais causadas pela idade ou pelo contexto psicossocial.
Ligada à Psicologia, a neurociência comportamental se aprofunda no que está por trás da conduta humana, estudando como o inconsciente afeta o processo da tomada de decisões.
Além disso, envolve questionamentos profundos relativos à identidade das pessoas, buscando compreender o funcionamento de formação da personalidade e da memória.
A neurociência cognitiva está voltada ao entendimento do pensamento, da memória e da dinâmica do aprendizado, estudando parte da percepção e sensação.
A área também investiga as interações dos cinco sentidos na geração de conhecimento, avaliando a influência das experiências para o processo de aprendizagem.
A Neurociência é uma área em constante crescimento. Afinal, nos últimos anos, este campo de estudos contribuiu em muitos avanços no desenvolvimento de medicações, por exemplo.
É importante destacar que a carreira em Neurociência costuma exigir pós-graduação, sendo uma opção para quem possui graduação em alguma área relacionada.
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