O filme retrata um cenário onde podemos entender como uma gestão pode influenciar a forma que enxergamos o ambiente de trabalho
O filme O Lobo de Wall Street (2013), dirigido por Martin Scorsese e estrelado por Leonardo DiCaprio, retrata a vida de Jordan Belfort, um corretor de valores que construiu um império financeiro a partir de práticas imorais e fraudulentas. Embora o filme seja, à primeira vista, um retrato da ganância e do hedonismo no mundo corporativo, ele também oferece importantes lições sobre psicologia organizacional, especialmente no que diz respeito à motivação, liderança, cultura organizacional e comportamento ético no ambiente de trabalho.
Leia na íntegra!
Um dos aspectos mais marcantes de O Lobo de Wall Street é a maneira como Jordan Belfort usa técnicas psicológicas para motivar sua equipe. Ele compreende que, para vender algo, não é suficiente apenas conhecer o produto — é preciso conectar-se com as emoções das pessoas. Ele usa uma linguagem emocional poderosa para inspirar seus vendedores, criando um ambiente onde a ganância e o desejo de sucesso se tornam as principais motivações.
Na psicologia organizacional, a motivação é vista como uma força crucial para o desempenho no trabalho. O comportamento de Belfort ilustra como os líderes podem manipular o desejo de poder, status e dinheiro para incentivar os funcionários a alcançarem grandes resultados. No entanto, ele também destaca os riscos dessa abordagem, pois a motivação baseada em recompensas extrínsecas pode ser insustentável e levar a comportamentos prejudiciais a longo prazo.
2. Liderança Carismática: A Influência do Líder
Jordan Belfort é um exemplo clássico de liderança carismática. Ele tem uma habilidade notável para influenciar e persuadir sua equipe, criando um ambiente de alta energia e confiança. Esse tipo de liderança pode ser eficaz em alcançar metas e criar entusiasmo, mas também pode ter efeitos negativos se não for orientado por valores éticos sólidos.
A psicologia organizacional enfatiza a importância da liderança não apenas para atingir os objetivos, mas também para garantir que os princípios e valores da organização sejam preservados. Líderes carismáticos como Belfort podem motivar equipes a realizar feitos extraordinários, mas sua influência pode facilmente ser direcionada para fins egoístas ou antiéticos, como vimos no filme.
Em O Lobo de Wall Street, a cultura organizacional da empresa de Belfort, a Stratton Oakmont, é uma mistura de promiscuidade, fraude e manipulação. Nesse ambiente, comportamentos antiéticos são incentivados e até celebrados, criando uma cultura onde a desonestidade se torna a norma. Os funcionários, em vez de questionarem a ética de suas ações, são incentivados a "vender a alma" em troca de riqueza e poder.
Esse exemplo é um alerta sobre o impacto que uma cultura organizacional pode ter no comportamento dos colaboradores. A cultura da empresa influencia diretamente as atitudes e ações dos indivíduos. Quando a cultura promove práticas antiéticas ou imorais, os indivíduos dentro dessa cultura podem se sentir pressionados a agir de acordo, mesmo que isso vá contra seus próprios valores.
4. Ética e integridade no ambiente de Trabalho
O filme nos ensina uma lição crucial sobre a importância da ética e da integridade no ambiente de trabalho. A ascensão de Belfort é construída sobre um alicerce de engano e manipulação, e, eventualmente, isso leva à sua queda. Em termos de psicologia organizacional, isso ilustra que a busca desenfreada por lucro a qualquer custo pode ser prejudicial tanto para os indivíduos quanto para as organizações.
Empresas que ignoram os princípios éticos em favor de resultados financeiros imediatos podem enfrentar consequências severas a longo prazo, incluindo danos à reputação, perda de confiança e até mesmo falência. No conceito técnico e psicológico, para uma organização ser bem-sucedida e sustentável, ela precisa cultivar um ambiente de trabalho que valorize a honestidade, a transparência e o respeito mútuo.
O que podemos aprender com o conceito e a ficção
O Lobo de Wall Street nos oferece uma visão crua e, muitas vezes, exagerada do que acontece quando a psicologia organizacional é manipulada em favor de interesses egoístas e imorais. A narrativa nos mostra os riscos da motivação baseada apenas em recompensas materiais, o poder da liderança carismática para influenciar comportamento e os perigos de uma cultura organizacional tóxica. No entanto, também serve como um lembrete de que, para as organizações prosperarem a longo prazo, é fundamental adotar princípios éticos sólidos, uma liderança responsável e uma cultura que promova o bem-estar de todos os envolvidos.
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