Sabemos que as pessoas são diferentes, com qualidades e defeitos que as tornam indivíduos únicos. Isso, sem dúvida, se reflete nas relações de trabalho, nas quais existem profissionais de todos os jeitos. Conhecer a personalidade de quem trabalha com você é fundamental para a construção de relações profissionais maduras e eficientes.
As formas como os gestores se relacionam com suas equipes estão diretamente ligadas aos formatos de liderança. Para conhecer os diferentes tipos, é fundamental entender o que é, de fato, ser líder. Continue a leitura para aprofundar os seus conhecimentos sobre o tema!
A liderança é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo da vida. É importante se ter em mente que ela não é uma habilidade exclusiva dos profissionais que ocupam cargos de gestão, estabelecidos pelas empresas. Pelo contrário, muitos gestores não têm essa capacidade. Uma pessoa se torna líder quando é capaz, tanto no âmbito pessoal, quanto no profissional, de inspirar e despertar diferentes vontades nas outras pessoas e influenciando positivamente a mentalidade e o comportamento dos que a rodeiam.
No meio profissional, a liderança pode auxiliar na condução de tarefas diárias. Isso se reflete em resultados positivos às organizações, como maior produtividade e sensação de pertencimento por parte dos colaboradores.
A liderança também influencia a visão que os profissionais têm da empresa onde atuam, motivando equipes.
Para ser considerado um líder, o profissional precisa inspirar aqueles com quem divide o ambiente de trabalho e voltar sua habilidade para atingir objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais.
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Por mais que as pessoas tenham personalidades distintas, bons líderes possuem uma série de habilidades e características que influenciam na forma como a liderança é exercida. A empatia e paciência, por exemplo, são essenciais para quem lida com gerenciamento de equipes.
A confiança também é outro fator de destaque. É preciso confiar nas pessoas que fazem parte do seu time, enxergando o potencial em cada uma.
A humildade é outra peça-chave: líderes de verdade reconhecem quando estão errados, mas, essencialmente, quando os colegas são o fator propulsor do sucesso de determinado projeto.
Líderes não têm medo de demonstrar que não sabem algo e estão sempre dispostos a aprender. Além disso, mantém o hábito de elogiar em público e, quando necessário, fazer críticas construtivas de forma particular. Exposição e humilhação não fazem parte do seu método de motivação.
Portanto, os conceitos que permeiam uma boa liderança são:
Também é interessante entender a diferença entre liderança e gestão. Ambos os atributos são importantes e é perfeitamente possível que um único profissional tem as duas características, mas essa não é a regra. Um profissional com capacidade de liderança tem como funções:
Enquanto isso, o profissional com papel de gestor deve:
Em 1939, os psicólogos Ralph White e Ronald Lippitt publicaram o artigo “Patterns of aggressive behavior in experimentally created social climates”, que, na tradução literal para português, significa “Padrões de comportamento agressivo em climas sociais criados experimentalmente”.
A pesquisa categorizou a liderança em três tipos: autocrática, democrática e liberal. Conheça cada uma delas a seguir.
White e Lippitt explicam que o líder autocrático é aquele chamado de chefe.
Neste perfil, o líder acredita que sua opinião vale mais do que a de seus colegas e prioriza sempre a realização do trabalho, não as relações humanas.
Ele não costuma consultar os profissionais com quem trabalha, nem propicia um ambiente que estimule a criatividade deles. Normalmente, expõe falhas e faz críticas na frente de todos.
Também não possui o hábito de elogiar, resultando em um ambiente desmotivador para se trabalhar ou crescer profissionalmente.
De acordo com White e Lippitt, o líder democrático é o oposto do autocrático.
O líder democrático é o primeiro a motivar a equipe para atingir resultados, além de fazer questão de ouvir a opinião do grupo. Em casos de falhas e insucesso nos projetos, não aponta culpados, mas métodos e caminhos para que os erros não se repitam.
Essa liderança prioriza o bom relacionamento entre os colegas, além de um ambiente de trabalho mais flexível e adaptável às características de todos de sua equipe. Ela acredita que, para obter melhores resultados, as organizações devem apostar no desenvolvimento individual dos profissionais.
O exercício da liderança democrática proporciona maior qualidade de trabalho, o que resulta em uma produtividade saudável.
Já o líder liberal é aquele que não toma decisões, deixando os outros com o poder de escolha sem orientação. Este tipo de líder não se compromete, costuma terceirizar a divisão de tarefas e suas participações em projetos são mínimas.
Devido à postura sem comprometimento e responsabilidade, o grupo com o qual trabalha passa a enxergar o ambiente de trabalho como um espaço de extrema liberdade.
Pela falta de orientação, perde-se tempo e não há produtividade, tendo em vista que cada membro da equipe faz o que acredita ser melhor, nem sempre atuando de forma conjunta. Na contramão dos dois exemplos anteriores, essa liderança não se impõe nem é respeitada.
Para além da pesquisa realizada por Whute e Lippitt, outros tipos de liderança surgiram e são empregados no mercado. Descubra as mais populares a seguir.
O coaching é um processo que pode ser desenvolvido por qualquer pessoa, a fim de alcançar um objetivo - pessoal ou profissional.
A liderança coaching foca na motivação e no desenvolvimento do seu time, como um técnico de futebol. Ele sabe que os jogos só serão vencidos se ele conseguir desenvolver um grupo forte, capaz de executar suas estratégias.
Teorizada por Paul Hersey e Kenneth Blanchard, a atuação desse líder varia entre os tipos de liderança, de acordo com os desafios enfrentados pela empresa no momento.
Os autores perceberam que o bom líder sabe conduzir de diversas formas, agindo de acordo com seus colegas, considerando a capacidade técnica, as habilidades e até mesmo a inteligência emocional. A sua atuação também leva em conta o momento da empresa e os desafios do mercado.
A liderança técnica, ou operacional, busca inspirar o time de trabalho por meio dos seus conhecimentos profundos e domínio da operação do negócio. Na prática, ele lidera dando o exemplo para a equipe. Trata-se de um estilo de liderança muito poderoso. Para ser esse tipo de líder, você precisa se atualizar o tempo inteiro, para estar sempre à frente.
O carisma consiste na habilidade de fascinar outros seres humanos. Líderes carismáticos costumam constituir times eficientes e duradouros. As características deste líder são: causar admiração, ser confiável, apresentar resultados de forma clara e saber se comunicar com as pessoas.
Existe uma grande diferença entre líder e chefe. A liderança, como vimos, trata-se da habilidade de inspirar pessoas a trabalharem por um objetivo. Já o chefe ocupa uma função dentro da organização, tendo como característica a imposição de ordens, sem discuti-las com a equipe, demonstrando ser autoritário e inflexível.
Normalmente, o chefe é aquele gestor que só pensa em resultados e processos, deixando de lado o crescimento pessoal dos profissionais com os quais trabalha. Outra característica comum nos chefes é ser temido pelos funcionários, não respeitados.
Já o líder não é temido, mas considerado alguém em quem se inspirar. Geralmente, isso acontece pela forma como ele busca tratar bem as pessoas, independentemente do cargo que elas ocupam. Líderes são pessoas motivadoras, cuja postura acaba servindo de exemplo para sua equipe.
Independentemente do cargo que ocupam, pessoas com a habilidade da liderança são preocupadas com o bem-estar individual dos colegas, na mesma proporção em que promovem e anseiam pelo crescimento dos negócios. Existem gestores com e sem habilidade de liderança, por exemplo.
Neste caso, enquanto líderes denominam seus colegas de equipe, os chefes chamam de subordinados. Essa concepção já demonstra como a liderança impacta no formato de gestões.
Em razão dessas diferenças, as organizações preferem profissionais com capacidade de liderança, porque uma equipe inspirada traz resultados melhores do que aquela que trabalha somente para cumprir expediente.
Na visão do estudioso Adalberto Chiavenato, um dos maiores pesquisadores da área de Recursos Humanos e da Administração de empresas, a comunicação tem papel fundamental na vida de um líder.
No livro Introdução à Teoria Geral da Administração, o professor justifica que se a comunicação dentro das empresas não é fluída, todo o resto é afetado, como o clima organizacional.
Portanto, quando os gestores sabem se comunicar, conseguem incluir a participação dos colaboradores na solução dos problemas da empresa. O autor explica que a comunicação efetiva também proporciona a informação necessária para que as pessoas possam realizar suas tarefas, além de promover motivação, cooperação entre equipes e satisfação dos colaboradores.
Outro ponto defendido por Chiavenato é que existem três princípios que os gestores devem seguir se quiserem se tornar líderes que fazem a diferença nos negócios: a capacidade de desenvolver confiança nas pessoas; estimular a mudança em diferentes aspectos nas empresas para gerar melhores resultados; e saber avaliar o que é importante e prioritário no dia a dia.
Já o autor de “Catador de Sonhos” e professor da PUCRS Online, Geraldo Rufino, defende que os verdadeiros líderes precisam ser humildes e simples. Para ele, é fundamental que as lideranças conduzam suas equipes com felicidade e empatia pelas pessoas. O respeito não deve depender de quem são, que cargo ocupam ou que opinião apresentam. O escritor defende que se o líder tem a capacidade de motivar e é reconhecido como uma inspiração, ele deve retribuir o carinho que recebe.
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